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Ela não é como uma garota qualquer. Dessas, que conseguem dizer eu te amo facilmente, assim, com todas as letras saindo dos lábios. Nem é dessas que são extrovertidas e gostam da atenção voltada à elas. Ela prefere pequenos gestos.
Ela pensa demais, é confusa demais, é linda demais. As palavras custam a sair de seus lábios, que sorriem espontâneamente conforme os pensamentos. Mas ela sempre tenta aprender a dizer um pouco mais o que pensa, embora quando diga, é um tanto quanto explosiva nas palavras.
Gosta dos olhos e olhares, embora se intimide com tais. Gosta da chuva, de cliché, de filmes, de dedos entrelaçados, de carinho, abraços e sorrisos. E falando em sorrisos, ela se apaixonou por um.
Sim. Ela, a linda garota e confusa se apaixonou. Talvez ainda com um pouco de medo, mas ela teve certeza de que queria fazer dela aquele sorriso assim que o viu.
E fez.
Hoje ela vive com seu jeito diferente, seguro e tentando um pouquinho a cada dia inventar ou re-inventar novas maneiras de fazê-lo sorrir. Movida pela certeza de que aquele sorriso – do qual ela se apaixonou – é dela, apenas pelo fato de a partir daquele dia, todos os sorrisos dela pertencerem, na realidade, à ele.