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No mundo da música, qualquer trabalho que venha com o “selo” Danger Mouse de participação, produção ou mixagem mais do que imediatamente carrega o rótulo de “aprovado”, como se a simples presença do músico e produtor Brian Joseph Burton (seu real nome) automaticamente descartasse todos os possíveis erros dentro do projeto. Seguindo o mesmo padrão de qualidade, Rome (2011), novo trabalho do produtor e desenvolvido ao lado do compositor Daniele Luppi, obviamente não decepciona, apresentando um Burton ainda mais inusitado, que vai nos filmes de Spaghetti Western encontrar inspiração para o novo projeto.

É bem provável que o grande acerto de Danger Mouse ao iniciar um novo disco seja sua completa entrega, com o músico explorando os temas, nuances e sons em questão ao máximo, num exercício de auto-aprendizado e preparação. Foi assim com o parceiro Cee-Lo Green no Gnarls Barkley, reconfigurando a soul music a seu favor; obteve a mesma satisfação no climático Dark Night of the Soul (2010), desenvolvido em conjunto com Sparklehorse e David Lynch; ou mesmo nas diversos outras parcerias que vai desenvolvendo no meio musical, trabalhando com gente como Beck (Modern Guilt, 2008), Danger Doom (The Mouse & The Mask, 2005) ou no recente Broken Bells, parceria com James Mercer do The Shins.

Rome não é diferente dos outros trabalhos do músico, que encontrou em inúmeras audições de trilhas sonoras antigas, conversas com compositores da época e até na mudança do ambiente de gravação seu ponto de apoio para o novo álbum. Luppi, que é italiano e trabalha na produção de trilhas sonoras para as mais variadas películas foi também o responsável por guiar Mouse dentro da nova empreitada, o apresentando à músicos conterrâneos e em conjunto com o norte-americano, gerando toda a climatização épico-romântica que se faz presente no disco



Via miojo indie http://miojoindie.com/