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Ele andava por aí, nesses lugares onde tem bastante gente.
Ele andava por aí, nesses caminhos onde tem bastante história.
E ia por aí, nessas caminhadas , olhando uma população inteira, como se consertasse o mundo. Como se olhasse tudo de cima.
Saía pra pegar os momentos que faltavam em sua coleção. 
Pegava cartas, selos, telefones. Pedia horas. Perdia horas.
Ganhava horas. Oras.
Ganhava sorrisos, criava amores, sentia dores. Sentia chuva.
Pegava lágrimas e tudo o que não fazia parte dali.
Pegava paginas, contava os passos, lia as placas.
Colecionava ideias, costumes, papéis de bala.
Colecionava bons momentos; colecionava medos, virtudes, atitudes.
Pensamentos, letras de músicas, suas melodias , suas linhas.
Ah! também as criava…
Colecionava grãos de areia, novas amizades, velhos costumes.
Girava em torno de todo o mundo, no mundo inteiro.
E ia por ai, sempre adiando o fim.
Não colecionava finais.
E ia por ai, sempre com coisas colecionadas.
Não andava por andar.
E ia com seus motivos, incentivos. 
Não era desesperado(um pouco para sua crença).
Fazia a diferença.
Escrevia com suas próprias historias, cantava apenas o que amava.
Não era artista , Não era um ator , ou cantor 
Sonhador
E agora? Aqui eu me perco nas linhas dessa novos personagem que eu invejo.
Permitam-me as reticências (que eu também colecionava), mas daqui eu me despeço e disperso, do que eu chamo de rotina