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Gostaria de conseguir me concentrar, mas a voz da professora soa em meus ouvidos como um nítido “bla, bla, bla, bla”. Os números espalhados por todo o quadro branco não fazem nenhum sentido e embalam minha mente. De vez em quando me perco em mim mesmo. Viajo lugares dentro de mim, vou para espaços diferentes, quase fora de mim, até que algum pensamento me leve até você. E então, minha mente parece se fixar apenas nesse ponto: você. E não importa o todo exploda ,tudo caia aos pedaços quanto as pessoas histéricas ao redor gritem, falem e berrem… É quase involuntário, impossível de controlar, você simplesmente não sai dos pensamentos. Dos quais me fazem sorrir, me fazem bem, e tanto! Ainda não consegui me concentrar para saber se isso é bom ou ruim.

Por mais que possa parecer estranho eu tenho medo, sabe, do amor. Digo, de senti-lo. E quando chego perto de algo que assemelha-se com amor, minhas cicatrizes parecem queimar, me fazendo ter um tipo estranho de fobia, misturado com dor.


Embora eu queira sentir é um tanto quando difícil conviver com essa dor. Talvez, eu precisasse de alguém que anestesiasse essas feridas. Com um beijo doce que estancasse a dor. Com provas simples, que espantassem o medo. Creio que bem no meu interior eu saiba que é ela quem eu quero para ser minha. Também creio que ela saiba disso, embora eu nunca tenha dito explicitamente ou tenha algumas dúvidas e confusões recentes em minha mente.