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Estou com medo. Com um medo tremendo de nunca mais conseguir ter aquilo que me faz feliz – aquele sentimento que chamam de amor, que me fazia deitar na cama e conseguir olhar o teto por horas, lembrando e imaginando. Que me fazia sentir o coraçao bater a mil . Que me fazia sorrir sem motivos, rir e ser doce, amável, afável. Me fazia bem, tão bem.

Hoje tenho medo que no futuro tudo o que sinta são meus lençóis vazios e minhas mãos entrelaçando um vácuo. Me tornar alguém frio, cercado de barreiras praticamente inquebráveis – ninguém tem a paciência suficiente para quebrá-las, ninguém enxerga em mim aquilo que eu já fui; Doce, amável, afável. As pessoas ao redor simplesmente não enxergam nada além do meu exterior. E nem sequer tentam, pois seria tempo desperdiçado em vão, com uma menina grossa, impaciente, fria, seca. Uma menina desprezável por mim, que por acaso, sou eu.

Tenho medo de me tornar alguém ruim, de ser controlado pelos meus medos, de não conseguir suportar a mim mesmo, de não sentir e me manter nesse dor interminável. Medos, medos, medos… E nenhum porto seguro para me agarrar. Afinal, quando foi que me tornei esse cara frágil e ao mesmo tempo auto-suficiente? Com sentimentos e um coração (coberto por band-aids) e ao mesmo tempo frio? Só nao quero perder esse alguém que me encontrou, no meio dessa confusão.